Neste fim de semana andei de Streetfighter. Um amigo meu que já andava a namorar a SF há quase um ano quando se começou a ouvir falar dela, deu o passo em frente e largou o electrodoméstico para passar a andar de Ducati.
É uma S vermelha como tinha de ser.
Primeiras impressões:
Imensa disponibilidade a baixa rotação, apesar do motor fazer obviamente a mota tremer abaixo das 2200 rpm. A facilidade com que a mota se desloca é impressionante. Por ser tão leve dá a sensação que o motor não leva nada agarrado e vamos sozinhos com ele. Parece apenas um motor para transportar uma pessoa.
A suspensão e o amortecedor de direcção fazem com que seja relativamente calma de frente, mas apesar de estar em rodagem e de não nos podermos adiantar muito em rotação, deu perfeitamente para perceber que a roda da frente descola do chão se rodarmos o punho mais decididamente e não só em primeira e segunda.
Fiquei surpreendido com o conforto. O banco ajuda sendo largo e anatómico, mas pensei que as Ohlins ao serem tão secas de afinação de série fossem maltratar mais o corpo. Nota-se que o amortecimento é firme, mas não assusta passar em cima de alguma irregularidade na estrada.
A posição de condução é bem menos relaxada que na FZ6, com os pés mais atrás, as pernas mais curvas e o tronco mais inclinado para a frente. Não é suficiente para fazer doer os pulsos a quem não está habituado, mas no meio do trânsito é capaz de fazer efeito...
De qualquer forma, está longe de uma desportiva carenada.
A caixa é rija, mas muito precisa. O curso de passagem de caixa é reduzidissimo e faz com que se torne fácil passar rápido de caixa. No entanto é preciso fazer alguma força no pedal e mais ainda (relativamente) na manete da embraiagem. A tal ponto que ele está a pensar em adquirir um desmultiplicador para reduzir o esforço na manete porque vai usar a mota no dia a dia.
Os travões são fantásticos. Só ouvia dizer que eram pouco doseáveis, que tinham demasiado ataque e que eram perigosos antes de nos habituarmos, mas não achei. Convém realmente não encher a manete de dedos quando vamos travar, mas gostei bastante e apesar de não ter feito nenhuma travagem muito forte, nota-se que a potência está lá toda.
Por último o som. Está no limite do razoável em termos de decibéis e continua a ser o som encorpado das V2 Ducati. Dá tanto gosto ouvir que dá vontade de dar sempre um toque de acelerador entre cada redução.
Não é esta, mas é exactamente igual: